terça-feira, 1 de julho de 2014

História das Ciências Biológicas na UEPG: Marisa Checcia Russo

Nascida em 25 de junho de 1939 em Curitiba, filha de Antônio Russo e Anna Checcia Russo.
Fez o curso primário no Grupo Escolar Senador Correia, Ginasial e Científico no Colégio Estadual Regente Feijó e Escola Normal no Colégio Regente Feijó. Completou em 10 de dezembro de 1962, o Curso de História Natural, na Faculdade de Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da PUC-PR. O Reitor da PUC então, era o Bispo Dom Jerônimo Mazarotto. Em 9 de dezembro de 1965 o Curso de Farmácia, na Faculdade Estadual de Farmácia e Odontologia de Ponta Grossa. A Faculdade era reconhecida pelo Governo Federal desde 30 de novembro de 1956 - Decreto 40.445, sendo então presidente, Jucelino Kubischeck de Oliveira. O Diretor da Faculdade era o Professor Jaime Gusmann e o Secretário Edgar Zanoni.
Professora da rede pública estadual, na disciplina de Ciências Físicas e Biológicas em 1965,  de Biologia, através de concurso público em 16 de outubro de 1967, no Colégio Estadual Regente Feijó. Professora de Ciências Físicas e Biológicas na Escola de Aplicação e Colégio Santana (1962 a 1966).
Em 1961 foi aluna-mestre e orientadora na Escola de Aplicação da FFCL da PU-CPR
A Professora Marisa Checcia Russo pertenceu, inicialmente, ao Departamento de Educação, tendo prestado concurso público para a disciplina de Biologia, destinada ao Curso de Pedagogia, da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Ponta Grossa, em março de 1967. Entrou como Professora Auxiliar de Ensino.
Lecionou também Biologia Geral para o Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Ponta Grossa - 28/2/1967.Entre 1970 e 1975 lecionou também, Fundamentos de Biologia, Estágio Supervisionado em Ciências e Prática de Ensino de Ciências.
Em 1977 ingressou no Curso de Mestrado em Genética na Universidade Federal do Paraná, cujo coordenador era o Professor Dr. Newton Freire-Maia.

FONTES:


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História da Educação Paranaense; História da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ponta Grossa, Licenciatura em Ciências Biológicas na UEPG, Colégio Estadual Regente Feijó, Grupo Escolar Senador Correia, Escola de Aplicação, Ginásio Santana, História Natural, PUC-PR, Curso de Farmácia UEPG.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Nas eleições para a Reitoria crie uma nova universidade

CRIE UMA NOVA UNIVERSIDADE
Professor Oscar Furstenberg
Professor Valmir de Santi


1. A Universidade real.
- Por não ter identidade própria, acaba funcionando como mera reprodutora de uma sociedade profundamente injusta e excludente;
- Como a sociedade da qual é produto e reflexo, serve como mecanismos através do qual uma fração social busca ascenção, "status" e melhor remuneração;
- Assim como está e pelo que faz, não reverte à sociedade os altos investimentos de que necessita para o seu funcionamento.


2. A universidade ideal. Propomos:
- Uma instituição como rosto e fisionomia próprios, expressos numa filosofia explícita e elaborada por toda a comunidade universitária, com ampla participação da sociedade na qual se insere;
- Uma instituição formadora de massa crítica em vista de uma efetiva participação da imensa e majoritária massa social excluída, visando a sua real transformação;
- Uma instituição comprometida com a modernidade, na priorização da pesquisa pura e aplicada, com o incentivo do ensino-aprendizagem e da extensão, práticas estas extensivas a todos os seus seguimentos e departamentos;
- Uma instituição que, por isso mesmo, assume o papel de ser criadora e recriadora de ciência e de todo o tipo de saber e progresso reais;
- Uma instituição que prioriza o compromisso social e que visa a formação de cidadãos críticos socialmente e profissionalmente competentes, capazes de fazer avançar a sociedade como um todo;

3. A Universidade possível.
- Elaborar, imediatamente, um Plano Diretor e um planejamento quadrienal com a participação efetiva de todos os segmentos da instituição, consultando inclusive os segmentos representativos da sociedade dos Campos Gerais;
- Criar um Conselho amplo, com voz consultiva, formado por representantes do corpo discente, docente e funcional e das forças vivas da sociedade da região, a fim de que a Universidade seja a expressão da comunidade em que se insere, assumindo suas reivindicações e promovendo suas necessidades;
- Otimizar os recursos existentes para que os objetivos e metas da Universidade sejam alcançados de modo eficiente, procurando por todos os meios lícitos e possíveis ampliá-los, sem jamais ceder a grupos de interesses ou a indivíduos isolados.
- Convocar uma Estatuinte Universitária, com participação efetiva de todos os segmentos da mesma para a elaboração de um novo Estatuto e Regimento Geral;
- Priorizar, incentivar e fomentar a pesquisa, oferecendo condições e recursos reais aos pesquisadores, a fim de dar o salto qualitativo de que esta instituição carece com urgência;
- Redimensionar o ensino-aprendizagem, avaliando-o e reciclando-o permanentemente, oferecendo-se voz e vez ampla a discentes e docentes, adequando-o desta forma às necessidades de um mundo em constante transformação, dando-lhe inclusive um caráter prioritário de formação de massa crítica e de capacitação científico-tecnológica consentânea aos tempos e necessidades atuais;
- Estabelecer para a extensão um papel de ativo agente de transformação da sociedade, por um lado, e de pleno conhecimento da realidade pela Universidade, por outro;
- Criar uma política de capacitação docente, não desamparando e estimulando os professores que realizam cursos de pós-graduação;
- Estimular uma maior participação do corpo técnico-administrativo nas decisões sobre ensino, pesquisa e extensão, o sentido de evitar uma visão estanque meramente administrativa da Universidade;
- Desburocratizar, descentralizar e democratizar as instâncias de poder e de mando, tornando a instituição mais leve, mais ágil e mais flexível;
- Exercer uma administração responsável,, participativa e transparente, com amplo acesso de todos às informações (orçamentos, balanços, folhas de pagamento, etc.);
- Considerar a Reitoria como órgão-meio a serviço das atividades-fim da Universidade, geradas fundamentalmente nos departamentos;
- Defender intransigentemente o ensino público, gratuito e universal em todos os níveis;
- Promover uma política de descoberta e aproveitamento das inteligências que se revelarem nesta Universidade, cultivando-as e propiciando-lhes ulterior aperfeiçoamento.
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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Binário gerencial, a pediculose semântica keynesiana



As ideologias sepultadas com cabeça fora na Segunda Grande Guerra se mexeram nesta década enquanto se desvelam os crimes do fascismo brasileiro, aquele espezinhou a Ciência, Filosofia e História. Emergiram cultos a Hitler, Mussolini, fundamentalismos antigays e racistas. Ponta Grossa o fenômeno sempre frutifica porque é onde filosofar, pensar criticamente, estudar, ler, escrever, arrepiam e causam ânsia. No ensino universitário onde a deficiência de formação em sociologia é clamorosa aparece o terreno adubado para ideologias como o Sul é meu país, Ponta Grossa apenas para pontagrossenses. Guimarães Rosa, Manuel Bandeira, Paulo Freire não são bem vindos. Não são pontagrossenses e podem ter ferido nossa distinta elite com alguma frase em seus escritos. Ponta Grossa vive a pré-modernidade, seu lento avanço se deve a milhares de trabalhadores migrantes do país, que como brasileiros não estão impedido de morarem aqui e exercerem cidadania e atividade intelectual de alcance nacional, a Universidade é exemplo disso. Muitos pontagrossenses, nos departamentos, construíram toda sua referência teórica e profissional em outros grandes centros, morando, consequentemente, em outras cidades. Pergunte-se onde fizeram mestrado e doutorado. O bairrismo além de estupidez e ingenuidade barata é neutralizador do conhecimento científico. Cidade e instituições de ensino estão repletas de  mestres e doutores aprovados em bancas por cientistas e pesquisadores nacionais e internacionais. Não há engenharia capaz de fechar a Ciência e Educação nas fronteiras do município. É com preocupação e seriedadeca que se deve analisar bestialidades que hostilizam a Chapa Mais UEPG. A legislação brasileira não proíbe adesivar, outdoors ou enviar cartinhas   antes de datas humanas pré-estabelecidas sem o aval da infalibilidade papal. A crítica ao regime que perdura na instituição há décadas é repetida ao longo desse período pelas chapas que disputaram. É salutar discutir modelo de universidade. Não estamos nem devemos aceitar limites neste campo. Não se fala em vitória sem respeitar a insatisfação fundamentada confirmado na mínima diferença entre as chapas.
O êxito e a finalidade da Universidade não está em priorizar o carimbo, as relações de poder, imprimir o medo, promove o cabisbaixismo e o reprodutivismo pedagógico. A eficiência diz respeito a qualidade de sua produção intelectual, massa pensante, outorga ao pensadores autônomos que modificam seu campo. Burocratas incapazes de um texto para a coluna do leitor não honram o conceito. A teoria do binário, oriunda das salas de aula da UEPG, não servem dois metros longe de quem a inventou. Faz falta boa leitura. Uma universidade se faz quando seus alunos constroem bibliotecas pessoais de relevância. Odiamos o escritor, odiamos o historiador, desprezamos o filósofo, porque odiamos nossa própria ignorância e pequenez intelectual, porque ele espelha a nossa limitação em não poder sair do esquema, do planejado, coisas as quais o pensamento não pode se prender. O ódio as letras e a paixão desesperada pelo tecnicismo demonstra que não há maior prova de amor a cidade do que desejarmos que ela não se aprofunde na escuridão. Finalmente, há indivíduos que mesmo ganhando não se conformam em perder. Como escreve Nelson Werneck Sodré, a História não os registrará.


Acir da Cruz Camargo, natural de Guaragi, Historiador

* O Diário dos Campos editou este meu artigo. O texto acima foi o original que enviei à Editora. Confesso que gostei da publicação no DC do dia 28/05/2014 (http://www.diariodoscampos.com.br/blogs/artigos/universidade-da-esperanca-6158/). No entanto, o texto original respondia aos ataques pessoais feitos à Chapa MAIS UEPG por parte de um articulista do jornal - http://www.diariodoscampos.com.br/policia/alunos-e-funcionarios-nao-se-sentem-seguros-na-uepg-42897/

sábado, 24 de maio de 2014

Universidade: serviço público ou interesse privado

Um registro que merece jamais ser esquecido:
http://www.parana-online.com.br/editoria/politica/news/82831/?noticia=CPI+DAS+UNIVERSIDADES+DESCOBRE+BURACO+NEGRO